Você chegou até aqui certamente você já sentiu alguma dor na vida!
E a dor que você sentiu, somente você consegue entender o quanto ela dói, como ela aparece e como em alguns momentos desaparece, também entende como essa dor limita você a trabalhar, abraçar um ente querido, e a fazer a coisas do seu dia a dia, como pentear o cabelo, vestir uma roupa, pendurar uma roupa no varal e por aí vai...
Você não está sozinha com suas dores. No Brasil cerca de 37% da população sofre com dores crônicas, e essas dores não melhoram dentro do período de 6 meses.
Existe uma Associação Internacional de Estudos em Dor que defini a dor como sendo “a dor é uma experiência sensorial e emocional, desagradável, dependente de memória, dos aspectos culturais e psiquicos, associada, a um dano dos tecidos ou em resposta a uma lesão que quase ocorreu."
Trocando em miúdos, a dor é única de cada indivíduo, eu não consigo sentir suas dores e nem você consegue sentir minhas dores pois, ela envolve tudo que vivi desde a minha infância até os dias atuais. Também está envolvida com experiências culturais. Você já pensou, como certas tribos indígenas suportam colocar o disco labial? Pois é, dentro da cultura deles isso é comum e desde crianças eles já sabem que em algum momento da vida eles passarão por isso.
Ainda nessa pegada cultural, um militar do exército que recebeu um tiro de uma pistola no ombro direito e um taxista na sua cidade que também recebeu um tiro no ombro direito com essa mesma pistola, eu te pergunto quem terá a maior percepção de DOR? Já que os estímulos são os mesmos?
Daí, você percebe que há uma diferença enorme entre as experiências vividas por cada ser humano desse planeta e que determinará a percepção de dor de cada um.
Para que você entenda melhor, a dor não é produzida pelos tecidos, que podem ou não estar danificados. A dor tem sua origem no cérebro mediante alguma ameaça que alguma parte do seu corpo possa sofrer.
E minha (eu) cara (o) amiga (o), a dor que você sente, é real e eu acredito em você. Não existe aquela coisa de o que ela (e) sente é frescura, fique tranquila, pois é possível viver sem dor.
Uma analogia que gosto de fazer é: imagine o seu carro trancado na rua, para que o alarme dele dispare é necessário que outro carro bata nele, ou alguém quebre o vidro. Mas, digamos que você parou embaixo de uma árvore e cai uma folha dessa árvore no seu carro e então o alarme dispara. Eu te pergunto, Onde está o problema? No carro? Ou no Sistema Central do Alarme?
No nosso cérebro, acontece a mesma coisa, em muitos momentos estamos com o Sistema Nervoso Central sobrecarregado e sofrendo influências psicológicas e sociais que vão determinar o seu limiar de dor. Todo o sistema nervoso pode estar com a sensibilidade aumentada, os trajetos por onde passam os estímulos dolorosos indo e vindo estão alterados.
Por isso, o tratamento fisioterapêutico se torna muito eficaz após uma avaliação muito detalhada para identificar quais são as influencias no quadro de dor, para que juntos possamos caminhar para uma vida sem dor.
Quando você se liberta da âncora que te limita em realizar os movimentos e o uso do seu corpo de forma livre, nada vai te prender e isso será libertador.
Busque enfrentar o medo de se movimentar, se você não consegue sozinha, procure um fisioterapeuta para te ajudar no seu tratamento.